The Folkloric Dance Group of the Casa de Povo de Santo António das Areias, Marvão is a group of people who come together with a common desire not to let the culture and identity of a people fall into oblivion and as if there were no digital world, the new generations insist on following in the footsteps of their parents and grandparents.
So, what is the secret of these people?
# Marvão rancho secret _
All over the world, folk dance groups give shape to the traditions of their native lands. These groups are indispensable for preserving and passing on the culture and values through which native families give substance to their own lives. In many regions of Portugal, the local Rancho is disappearing. Not so in Marvão. And this despite the transformation that humanity has entered into. The digital age is defining this transformation. New lifestyles show that humankind has already moved away from the sense of community and its traditional roots that have served and guided it in human existence for centuries. Disinterest and prejudice towards ancestral cultural customs and traditions have taken hold and are increasing exponentially around the world.
In this context, a group from a small community in Alto Alentejo continues to exist and remains faithful to its traditions. Without any economic return, these people make costumes, prepare food together, rehearse only what is necessary - after all, they have to pay the accordion player - they dance, sing and play instruments by ear, that is, without sheet music. The Folklore Ranch of Casa do Povo de Santo António das Areias, in Marvão, is alive and well. The oldest generation (currently 80 years old) and the youngest (6 years old) are together on stage.
The force that unites them is what connects them all: Collectively sustaining a human community. No one is left out. Everyone is welcome in the group, listened to without judgement, valued and included as a member of the family. The common love that moves them is their own history and culture. During rehearsals, preparations, trips and performances, it is as if time stops. Participants momentarily forget the outside world and their individuality to form a plural and timeless organism. In the photo shoots with Patricia Steur, time also stopped.
# Everybody is needed _
The first time photographer Patricia Steur saw the Rancho Folclórico de Marvão on stage, was by accident. She was passing through the village and was attracted by what she saw happening on the stage that evening. Such young people, yes even children, performing with the older generations. She immediately took photos and was interested in portraying the participants. With screenwriter Lina da Paz who has been following the Rancho group since long to make the film Toda Gente Faz Falta, she joined hands. This made it possible to organise the photoshoots in Santo António das Areias that resulted in the portraits shown in this exhibition.
O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Santo António das Areias, Marvão, é um grupo de pessoas que se juntam com um desejo comum de não deixar que a cultura e a identidade de um povo caiam no esquecimento e como se não existisse um mundo digital, as novas gerações insistem em seguir as pisadas dos pais e avós.
Qual é o segredo destas pessoas?
# o segredo do rancho de Marvão _
Em todo o mundo, os grupos de dança folclórica dão forma às tradições das suas terras natais. Estes grupos são indispensáveis para preservar e transmitir a cultura e os valores através dos quais as famílias nativas dão substância às suas próprias vidas. Em muitas regiões de Portugal, o rancho local está a desaparecer. Não é o caso em Marvão. E isto apesar da transformação que a humanidade tem vindo a atravessar. A era digital está a definir esta transformação. Novos estilos de vida mostram que a humanidade já se afastou do sentido de comunidade e das suas raízes tradicionais que serviram e orientaram a existência humana durante séculos. O desinteresse e o preconceito em relação aos costumes e tradições culturais ancestrais têm aumentado exponencialmente em todo o mundo.
Neste contexto, um grupo de uma pequena comunidade no Alto Alentejo continua a existir e a manter-se fiel às suas tradições. Sem qualquer retorno económico, estas pessoas fazem os trajes, preparam alimentos em conjunto, ensaiam apenas o necessário - afinal, têm que pagar ao acordeonista - dançam, cantam e tocam instrumentos de ouvido, ou seja, sem partitura. O Rancho Folclórico da Casa do Povo de Santo António das Areias, em Marvão, está vivo e de boa saúde. A geração mais velha (atualmente com 80 anos) e a mais nova (com 6 anos) estão juntas em palco.
A força que os une é o que conecta todos: Sustentar coletivamente uma comunidade humana. Ninguém é deixado de fora. Todos são bem-vindos no grupo, ouvidos sem julgamento, valorizados e incluídos como membros da família. O amor comum que os move é a sua própria história e cultura. Durante os ensaios, preparações, viagens e atuações, é como se o tempo parasse. Os participantes esquecem momentaneamente o mundo exterior e a sua individualidade para formar um organismo plural e intemporal. Nas sessões fotográficas com Patricia Steur, também, o tempo parou.
# Toda a gente faz falta _
A primeira vez que a fotógrafa Patricia Steur viu o Rancho Folclórico de Marvão em palco foi por acaso. Estava de passagem pela aldeia e foi atraída pelo que viu a acontecer no palco naquela noite. Jovens, e até crianças, a atuar com as gerações mais velhas. Imediatamente tirou fotos e interessou-se por retratar os participantes. Com a argumentista Lina da Paz, que tem seguido o grupo do Rancho há muito tempo para fazer o filme "Toda a Gente Faz Falta", uniu forças. Isto tornou possível organizar as sessões fotográficas em Santo António das Areias que resultaram nos retratos mostrados nesta exposição.